Thursday, June 4, 2015

Estado de SÍTIO no RIO. Coronel é criticado por deixar claro que MILITARES não podem trabalhar no “JEITINHO”

Essa semana moradores de FAVELAS cariocas reclamaram de declarações de militar do Exército que disse que o correto seria declarar um estado de exceção nos locais onde as Forças Armadas vão agir, com toque de recolher e proibição de reunião pública entre moradores.

O militar reclamou que os efetivos do Exército quando estão no local vivem uma situação de guerra, não se abandona a região em hipótese alguma, todos os militares permanecem alerta TODO o tempo.

O militar também lembra que os policiais que trabalham na área vivem uma situação completamente diferente, atuam de forma rotineira. 

Polícia tem um sistema de rodízio. O policial fica ali um tempo e depois vai embora. Muitos deles fazem atividade paralela, onde têm uma outra fonte de renda …”, disse o Coronel do Exército.
Estive na região recentemente, presenciei situações que me deixaram com a certeza de que o Rio está em situação caótica. Vi pessoas ironizando os militares enquanto patrulhavam e vi outros  até enrolando cigarros de maconha e fumando enquanto a tropa passava em sua frente.

Pelo que o oficial conta, a maneira de trabalhar na maré, em que autoridades querem forçar militares das forças armadas a serem simpáticos, como se fossem agentes sociais fardados, não é coerente. Uma arma tem que ser carregada por alguém que recebe autoridade do estado para ser eficaz, e não para ser político.
“ essa mania do brasileiro de fazer o jeitinho deixa mais complicado de você fazer a coisa funcionar do jeito que tem que ser. As Forças Armadas não podem errar porque depois não tem ninguém para chamar.”
‘O bandido tem muito mais liberdade do que a tropa para atuar. … Existem princípios de uso proporcional da força. Se uma pessoa está para te dar uma facada, você não pode dar um tiro nela. Isso é muito complicado.”

Todos já assistimos vídeos em que moradores afrontam militares do Exército e tentam reduzir sua autoridade, Durante as rondas se ouve xingamentos de dentro das vielas e todo o tempo adolescentes fazem algum tipo de piadinha, sem contar as emboscadas e tiroteios freqüentes, que já ceifaram a vida de alguns militares.

As autoridades fracassaram repetidamente ao longo de mais de uma década e hoje chegamos a um estado em que andar pelo Rio de janeiro se tornou algo perigoso. Errar o caminho em alguns locais da Avenida Brasil significa uma sentença de morte. Atirar os militares federais dentro desses ninhos de cobra sem lhes dar ferramentas corretas e amparo legal para trabalhar é uma covardia.

Os moradores que reclamaram das declarações, pela própria idade e pelo meio em que “vivem”, não tem a mínima capacidade de avaliar o que é uma situação normal. Vivem, desde que se entendem por gente, sob o jugo de traficantes – crianças e acham que isso é algo normal. São submetidos a cerceamento de expressão e a leis de silêncio pelos líderes de suas comunidades, se reclamarem são executados. Mas, acham isso normal.

Uma das pessoas que reclamou foi a moradora Lúcia Cabral, coordenadora do Centro de Referência dos Direitos Humanos do Complexo do Alemão.

Robson A.D.SIlva — Revista Sociedade Militar //

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