Atenção pessoal,
O jornalista que entrevistou o coronel Fernando Montenegro chegou à conclusão equivocada que está, inclusive, no título da matéria, de que ele (Montengero) acha que a ocupação do Complexo da Maré será mais difícil que a ocupação dos complexos da Penha/Alemão (tema do nosso livro Comando Verde), quando é exatamente o contrário. Leia a reportagem que foi publicada na edição de ontem (29 de março de 2014) do jornal Folha de S. Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/03/1433149-para-coronel-ocupacao-da-favela-da-mare-sera-mais-dificil.shtml
Abraços.
Sunday, March 30, 2014
Friday, March 28, 2014
Prefácio de Rodrigo Pimentel
Amigos,
Este nosso primeiro blog será, na verdade, uma trasncrição do belo prefácio que o ex-oficial do BOPE e roteirista dos filmes Tropa de Elite I e II escreveu para Comando Verde. Vale como uma espécie de tentação para quem ainda não leu o livro.
Prefácio
Honrado com o convite que me foi formulado por um dos autores – Fernando Montenegro – de confecção de um prefácio para o livro Comando Verde, aceitei prontamente a tarefa. Aqui no Brasil, nos dias atuais, a melhor forma de um protagonista de episódios sensíveis conseguir contar uma história evitando sofrer efeitos colaterais é fazendo uso da ficção-realidade em parceria com um jornalista ou escritor. O coronel Fernando Montenegro e o jornalista Marcos Ommati souberam fazer isso com maestria.
Comando Verde é um livro extremamente original com ineditismo sem precedentes. Pela primeira vez na literatura recente brasileira, temos a oportunidade de ver alguns temas históricos, como o ataque à base brasileira no rio Traíra (na fronteira com a Colômbia) e a atuação da Força de Pacificação sob o enfoque de um protagonista do Exército Brasileiro.
A literatura e o cinema sistematicamente apresentam uma mesma história contada de diferentes formas e sob diversos pontos de vista. Você certamente acompanhou os jornais e noticiários sobre a invasão e a ocupação dos Complexos do Alemão e da Penha. Até mesmo já viu as narrativas de policiais e jornalistas. Vai sentir agora as emoções como se fosse um dos militares do Exército que passaram ali os 19 meses de ocupação militar, morando em uma base dentro do conjunto de favelas que foi abandonado pelo estado do Rio de Janeiro e abrigou o quartel general do Comando Vermelho, a maior e mais violenta facção criminosa do Brasil.
No início da década de 1980, tive o privilégio de conhecer e conviver com o então aluno Montenegro, no Colégio Militar de Brasília. De lá para cá, nossos caminhos se cruzaram por diversas vezes, seja nas atividades das operações especiais, seja na minha carreira jornalística.
Vocacionado para a carreira militar, o coronel Montenegro sempre esteve ligado ao nível superlativo das atividades operacionais do Exército. Com um perfil extremamente atípico, é um dos pouquíssimos oficiais possuidor dos cursos de Comandos, Forças Especiais e Operações na Selva, com intensa participação na atividade de instrutor ou em operações reais, e teve como coroamento de sua carreira o comando da Força-Tarefa Sampaio, incumbida de ocupar os complexos do Alemão e da Penha em 2011 e 2012, com um efetivo aproximado de 800 militares.
Com uma invulgar habilidade, o livro retrata a interação entre os personagens do Complexo da Penha com os integrantes da Força de Pacificação, a sua realidade diária e suas intimidades. Humor, sexo, violência, discriminação, poder e romance são os ingredientes que tornam a trama eletrizante e cativante.
As reflexões do protagonista do livro levam o leitor a uma meditação profunda sobre questões extremamente polêmicas da atualidade como maioridade infantil, violência urbana, preconceitos sociais, sexuais e religiosos.
Leia o livro e mergulhe nesse mundo inexplorado da Força de Pacificação do Exército.
Rodrigo Pimentel
Este nosso primeiro blog será, na verdade, uma trasncrição do belo prefácio que o ex-oficial do BOPE e roteirista dos filmes Tropa de Elite I e II escreveu para Comando Verde. Vale como uma espécie de tentação para quem ainda não leu o livro.
Prefácio
Honrado com o convite que me foi formulado por um dos autores – Fernando Montenegro – de confecção de um prefácio para o livro Comando Verde, aceitei prontamente a tarefa. Aqui no Brasil, nos dias atuais, a melhor forma de um protagonista de episódios sensíveis conseguir contar uma história evitando sofrer efeitos colaterais é fazendo uso da ficção-realidade em parceria com um jornalista ou escritor. O coronel Fernando Montenegro e o jornalista Marcos Ommati souberam fazer isso com maestria.
Comando Verde é um livro extremamente original com ineditismo sem precedentes. Pela primeira vez na literatura recente brasileira, temos a oportunidade de ver alguns temas históricos, como o ataque à base brasileira no rio Traíra (na fronteira com a Colômbia) e a atuação da Força de Pacificação sob o enfoque de um protagonista do Exército Brasileiro.
A literatura e o cinema sistematicamente apresentam uma mesma história contada de diferentes formas e sob diversos pontos de vista. Você certamente acompanhou os jornais e noticiários sobre a invasão e a ocupação dos Complexos do Alemão e da Penha. Até mesmo já viu as narrativas de policiais e jornalistas. Vai sentir agora as emoções como se fosse um dos militares do Exército que passaram ali os 19 meses de ocupação militar, morando em uma base dentro do conjunto de favelas que foi abandonado pelo estado do Rio de Janeiro e abrigou o quartel general do Comando Vermelho, a maior e mais violenta facção criminosa do Brasil.
No início da década de 1980, tive o privilégio de conhecer e conviver com o então aluno Montenegro, no Colégio Militar de Brasília. De lá para cá, nossos caminhos se cruzaram por diversas vezes, seja nas atividades das operações especiais, seja na minha carreira jornalística.
Vocacionado para a carreira militar, o coronel Montenegro sempre esteve ligado ao nível superlativo das atividades operacionais do Exército. Com um perfil extremamente atípico, é um dos pouquíssimos oficiais possuidor dos cursos de Comandos, Forças Especiais e Operações na Selva, com intensa participação na atividade de instrutor ou em operações reais, e teve como coroamento de sua carreira o comando da Força-Tarefa Sampaio, incumbida de ocupar os complexos do Alemão e da Penha em 2011 e 2012, com um efetivo aproximado de 800 militares.
Com uma invulgar habilidade, o livro retrata a interação entre os personagens do Complexo da Penha com os integrantes da Força de Pacificação, a sua realidade diária e suas intimidades. Humor, sexo, violência, discriminação, poder e romance são os ingredientes que tornam a trama eletrizante e cativante.
As reflexões do protagonista do livro levam o leitor a uma meditação profunda sobre questões extremamente polêmicas da atualidade como maioridade infantil, violência urbana, preconceitos sociais, sexuais e religiosos.
Leia o livro e mergulhe nesse mundo inexplorado da Força de Pacificação do Exército.
Rodrigo Pimentel
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